A Minha História da Dança

Eszter Salamon

MACBA - Museo de Arte Contemporáneo de Barcelona, Barcelona ES, 13 Novembro 2021

Apresentado em parceria com La Poderosa, no âmbito do Ciclo Hacer Historia(s) vol 4. Ciclo de Danza Contemporánea y Performance.

Arquivo

© Bea Borgers

Biografia

Artista, coreógrafa e intérprete. Vive e trabalha entre Paris, Berlim e Bruxelas. Desde 2001, criou trabalhos a solo e em grupo, apresentados em teatros e festivais de todo o mundo, de nomear Centre Pompidou, Centre Pompidou Metz, Festival dʼAutomne, Festival de Avignon, Ruhrtriennale, Holland Festival, The Kitchen New York, HAU Berlin , Berlin Documentary Forum, Kunstenfestivaldesarts, Kaaitheater Bruxelas, Tanzquartier Wien, Kampnagel Hamburg, steirischer herbst, Dance Triennale Tokyo, Manchester International Festival, PACT Zollverein, Nanterre-Amandiers, FTA Montreal.

Os seus trabalhos são frequentemente apresentados em museus, como MoMa, Witte de With, Fondation Cartier, Serralves, Museum der Moderne Salzburg, Akademie der Künste Berlin e Museo Reina Sofia. A exposição “Eszter Salamon 1949” foi apresentada em 2015 na Jeu de Paume, no âmbito de “›Satellite‹” com curadoria de Nataša Petrešin-Bachelez.

Eszter Salamon utiliza a coreografia como agente activador e organizador de vários meios, como imagem, som, texto, voz, movimento corporal e acções.

Em 2014, iniciou uma série de trabalhos explorando tanto a noção de monumento, quanto a prática de especular sobre fazer história.
Foi vencedora do Prémio Evens, em 2019.

Xavier Le Roy

Biblioteca Camões, Lisboa PT, 5 Março 2020

Arquivo

© Emma Picq

Biografia

Doutorado em Biologia Molecular pela Universidade de Montpellier, França, trabalha como artista desde 1991. Desde 2018 é professor no Institute for Applied Theater Studies, em Giessen (Alemanha).

Trabalhou com diversas companhias e coreógrafos. De 1996 a 2003, foi artista residente no Podewil, em Berlim. Em 2007-2008 foi “Artista Associado” no Centre Chorégraphique National de Montpellier, em França. Em 2010, Le Roy foi Artista em Residência no MIT Program in Art Culture and Technology (Cambridge, MA).

Em 2012, inicia uma residência de 3 anos no Théâtre de la Cité Internationale, em Paris. Através de seus trabalhos a solo, como “Self Unfinished” (1998) e “Product of Circumstances” (1999), abriu novas perspectivas no campo da coreografia. Ao mesmo tempo, iniciou projetos onde explorou modos de produção e colaboração em trabalhos de grupo: “E.X.T.E.N.S.I.O.N.S.” (1999-2000), “Project” (2003) e “6 Months 1 Location” (2008).

Os seus trabalhos – como os solos “Le Sacre du Printemps” (2007), “Untitled” (2014), a peça do grupo “Low pieces” (2011) e obras para espaços expositivos como “Production” (2011), criadas em conjunto com Mårten Spångberg, “Untitled” (2012) para a exposição 12 Rooms, “Retrospective”, realizada pela primeira vez em 2012 na Tapiès Foundation-Barcelona, “Temporary Title, 2015”, criada em Sydney no âmbito do John Kaldor Public Art Project, ou “For The Unfaithful Replica” (2016) em colaboração com Scarlet Yu na CA2M, em Madrid – produzem situações que exploram as relações entre espectadores/visitantes/intérpretes e a produção de subjetividades.

Em 2017, juntamente com o Ensemble Issho Ni, cria, para o Ensemble Modern em Frankfurt, a exposição “Haben Sie “Modern” gesagt?” e, juntamente com Scarlet Yu, desenvolve “Still Untitled”, um trabalho para espaços públicos, encomendado por Skulptur Projekte Münster 2017. Em 2018, a convite da Bienal de Veneza, cria uma nova versão de “Le Sacre du Printemps” para três artistas e trabalha numa nova edição de “Rétrospective” no Museo Jumex, na Cidade do México. Em 2019, esta exposição tem sua 13.ª edição no Hamburger Bahnhof – Museum für Gegenwart, em Berlim e, em colaboração com Scarlet Yu e a equipa de “Temporary Title, 2015”, coreografam “Research Conversations”, para o evento de três dias “Live Forms”, no Haus der Kultur der Welt, em Berlim.

Os seus trabalhos produzem situações que questionam as relações entre espectadores/visitantes e intérpretes e tentam transformar ou reconfigurar dicotomias como: objeto/sujeito, animal/humano, máquina/humano, natureza/cultura, público/privado, forma/não-forma.

Rui Horta

Biblioteca Palácio Galveias, Lisboa PT, 23 Junho 2022

Arquivo

Biografia

Nascido em Lisboa, começou a dançar aos 17 anos nos cursos de bailado do Ballet Gulbenkian, tendo posteriormente vivido vários anos em Nova Iorque, cidade onde completou a sua formação e desenvolveu o seu percurso de intérprete e professor. Em 84 regressa a Lisboa, sendo um dos mais importantes impulsionadores de uma nova geração de bailarinos e coreógrafos portugueses.

Durante os anos 90 viveu na Alemanha onde dirigiu o SOAP Dance Theatre Frankfurt, sendo o seu trabalho considerado uma referência da dança europeia e apresentado nos mais importantes teatros e festivais em todo o Mundo, nomeadamente no Théâtre de la Ville, que co-produziu o seu trabalho ao longo de uma década.

Em 2000 regressou a Portugal, e fundou O Espaço do Tempo em Montemor-o-Novo, um centro multidisciplinar de residências e experimentação artística.

Para além do seu intenso trabalho de criador independente, Horta criou, como artista convidado, um vasto repertório para companhias de renome tais como o Cullberg Ballet, Ballet Gulbenkian, Ballet du Grand Théâtre de Genève, Ballet National de Marseille, Nederlands Dans Theatre, Companhia de Dança da Ópera de Gotemburgo, Iceland Dance Company, Scottish Dance Theatre, Random Dance, Carte Blanche, Ballett des Staatstheaters am Gärtnerplatz, Ballet du Nord, Ballet do Landestheater Linz, Ballet de Nuremberga, Tanzmainz, etc.

Ao longo da sua carreira recebeu importantes prémios e distinções tais como o Grand Prix de Bagnolet, a Bonnie Bird Award, o Deutsche Produzent Preis, o Prémio Acarte, o Prémio Almada, o grau de Oficial da Ordem do Infante, o grau de Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres, pelo Ministério da Cultura Francês.

A sua criação coreográfica foi classificada como Herança da Dança Alemã. Nas artes performativas o seu trabalho de encenador estende-se ao teatro, à ópera, ao novo circo e à música experimental, sendo igualmente desenhador de luzes e investigador multimédia, universo que utiliza frequentemente nas suas obras.

Gil Mendo

Espaço da Penha, Lisboa PT, 30 Novembro 2017

Arquivo

Biografia

Nascido em Oeiras (1946-2022), estudou dança no Centro de Estudos de Bailado do Instituto de Alta Cultura/Teatro Nacional de São Carlos (1966/72), e formou-se em Coreologia pelo Benesh Institute of Choreology (Londres, 1972/75). 

Foi Professor na Escola de Dança do Conservatório Nacional (1976/86), foi Vogal da Comissão Instaladora da Escola Superior de Dança (1983/89), onde posteriormente foi Professor Coordenador (1986/2014). Em 1990, foi um dos fundadores do Forum Dança. 

Participou activamente na rede IETM – Informal European Theatre Meeting desde 1990, e foi membro do seu Comité Executivo de 1991 a 1993.

Foi consultor para a Dança do Comissariado da Europália 91-Portugal de 1990 a 1991, e na Fundação das Descobertas/Centro Cultural de Belém de 1993 a 1995.

Pertenceu à Comissão Instaladora do Instituto Português das Artes do Espectáculo – Ministério da Cultura, entre 1996 e 1998, e foi Coordenador do seu Departamento de Dança de 1998 a 2001 .

Em 1999, foi Membro fundador do Fonds Roberto Cimetta.

Foi Programador de Dança da Culturgest, de 2004 a 2018. 

Sobre

“Todos nós, bailarinos, coreógrafos ou performers, recebemos de alguma maneira e por alguma via, mais académica ou mais autodidacta, uma ideia da História da Dança, ou da História das Artes Performativas, da qual nos sentimos “descendentes” (e talvez nos sintamos descendentes de várias Histórias ao mesmo tempo!). Houve certamente criadores coreográficos ou cénicos que nos fizeram entender a arte que fazemos da forma como a entendemos hoje. Cada um tem uma ideia específica de como essa História se desenrolou, e para cada um há determinados criadores e determinados movimentos e correntes artísticas que contribuíram para configurar a ideia de dança que tem e pratica e que, de alguma forma, está respondendo a essa História. Estas palestras dar‐nos‐ão a oportunidade de conhecer a História da Dança que cada um criou dentro de si.”

Vera Mantero

 

O ciclo de palestras A Minha História da Dança é um projecto desenvolvido desde 2011 pelo Forum Dança e O Rumo do Fumo. O projecto, inicialmente implementado em Lisboa, foi também apresentado em Viseu, Funchal e Barcelona, em parceria com: Teatro Viriato, Dançando com a Diferença e La Poderosa. O ciclo tem contado com o acolhimento de: Edifício (LX Factory), Espaço da Penha, Rede de Bibliotecas de Lisboa e Estúdios Victor Córdon/OPART.

O Forum Dança e O Rumo do Fumo são estruturas financiadas pela República Portuguesa – Cultura / Direcção-Geral das Artes. Projecto com apoio do contrato-programa com a Câmara Municipal de Lisboa / Direcção Municipal da Cultura / Divisão da Rede de Bibliotecas. Site co-financiado pelo Garantir Cultura, Compete 2020, Portugal 2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional – FEDER.

Ficha de projecto

Agenda

2025

João dos Santos Martins
6 de Março às 18h30
Local: a definir, Lisboa

Victor Hugo Pontes
5 de Junho às 18:30
Local: a definir, Lisboa

 

Contacto

Forum Dança
Site: forumdanca.pt
E-mail: forumdanca[at]forumdanca.pt
Telefone: +351 213 428 985

 

O Rumo Do Fumo
Site: orumodofumo.com
E-mail: info[at]orumodofumo.com
Telefone: +351 213 431 646

 

Morada: Espaço da Penha, Travessa do Calado 26-B, 1170-070 Lisboa, Portugal

Forum Dança

O Forum Dança é uma associação cultural sem fins lucrativos, criada em 1990, cuja missão é promover a dança contemporânea, através da formação profissional e artística, da investigação, da edição e da documentação.

É uma plataforma de encontro dos profissionais e do público. Desenvolve projectos pedagógicos, seminários, residências artísticas, apresentações informais, workshops e aulas regulares dirigidos a públicos profissionais e amadores, adultos e jovens.

Durante a primeira década, o Forum Dança contribuiu enormemente para o desenvolvimento, reconhecimento internacional e consolidação do tecido artístico da Nova Dança Portuguesa através da produção e difusão internacional de espetáculos, da formação profissional e artística, da investigação, da edição e da documentação.

Manteve, desde então, uma atividade continuada com a comunidade profissional, apoiando a emergência de novos criadores e facilitando a sua inclusão em redes internacionais. Promoveu, também, acções de divulgação e de formação junto do público amador (adulto e jovem), sobretudo seminários, workshops e aulas regulares.

Na área da sensibilização e da formação, o Forum Dança concebeu e realizou, desde 1991, mais de 50 Cursos de Formação e Reciclagem Profissional em Lisboa, Porto, Faro, Torres Vedras e Vila do Conde, nomeadamente:

Tem igualmente prestado aconselhamento artístico e de produção a coreógrafos e companhias e dispõe de um centro de documentação especializado em dança, com cerca de 1500 obras de diferentes áreas artísticas e técnicas, revistas e catálogos de dança, assim como uma mediateca. O Forum Dança tem trabalhado nacional e internacionalmente com mais de uma centena de organizações em quatro continentes.

O Forum Dança é uma estrutura reconhecida como pessoa colectiva de utilidade pública nos termos do Decreto-Lei n.º 460/77, de 7 de Novembro, conforme despacho publicado no “Diário da República”, II série, nº 99, de 29 de Abril de 1998. O Forum Dança é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura/Direcção Geral das Artes, pela Câmara Municipal de Lisboa e pela Fundação Calouste Gulbenkian. O Forum Dança pertence à REDE – Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea.

www.forumdanca.pt

O Rumo do Fumo

Fundado em 1999 por Vera Mantero e apoiado desde então pelo Ministério da Cultura, O Rumo do Fumo é uma estrutura de criação, produção, difusão nacional e internacional, investigação, formação e programação, na área da dança contemporânea, que se posiciona num território artístico de carácter experimental e de pesquisa. Território que é também de alargamento do campo da própria dança e dos seus horizontes, caracterizando-se pela transversalidade das disciplinas artísticas e cruzamento de dança, música, teatro, literatura/poesia, artes plásticas e cinema.

Desde 2000, é responsável pela produção dos trabalhos de diversos artistas com o objectivo de criar os meios necessários ao desenvolvimento e consolidação das suas carreiras, assegurando-lhes uma maior continuidade no trabalho e facilitando possibilidades de circulação nacional e internacional. Entre 2000 e 2002, O Rumo do Fumo apoiou dez artistas, nomeadamente André Guedes, João Samões, Margarida Mestre, Mário Afonso, Miguel Pereira, Paula Castro, Paulo Henrique, Rafael Alvarez, Teresa Prima e Vera Mantero. Em 2002, a acumulação de trabalho, exacerbada pelo aumento das actividades de Vera Mantero e Miguel Pereira, resultaram na diminuição do número de artistas apoiados e, em 2004, o apoio concentrou-se em quatro artistas – André Guedes, João Samões, Miguel Pereira e Vera Mantero – o que permitiu delinear uma estratégia mais eficaz de produção, divulgação e difusão dos seus trabalhos. Desde 2008, a estrutura também apoiou pontualmente projectos de artistas emergentes, quer através do apoio à produção executiva, como no caso de Rita Natálio, Matthieu Ehrlacher e Pablo Fidalgo, quer através dos vários programas de apoio a novos criadores com programas de ensino e residências artísticas. Actualmente, O Rumo do Fumo representa os artistas associados Miguel Pereira e Vera Mantero, e apoia de forma pontual Elizabete Francisca, Henrique Furtado Vieira e Nuno Lucas.

Em Setembro de 2008, O Rumo do Fumo e o Forum Dança uniram-se para criar o EDIFÍCIO na LX Factory, e a partir de então a estrutura dispôs, pela primeira vez desde a sua criação, de um estúdio próprio. Este projecto representou um novo formato de colaboração no âmbito da comunidade da dança portuguesa, potenciador de novas dinâmicas de trabalho, e acolheu 102 projectos de criação e pesquisa, apresentações informais, conferências, seminários, workshops, o lançamento de publicações e eventos vários. A sinergia criada entre estas duas estruturas de produção tem vindo a consolidar-se no tempo, actualizando forças e valências com um novo espaço de trabalho desde 2014: o Espaço da Penha. Este espaço conta com a integração de vários estúdios, assim como espaços de outras estruturas artísticas, promovendo um cluster que se constrói e avança unido num novo e consistente pólo de trabalho.

O Rumo do Fumo construiu desta forma, e ao longo dos seus anos de actividade, uma sólida rede nacional e internacional de contactos e parceiros (instituições, teatros e festivais) em quatro continentes, com os quais mantém uma actividade regular através dos projectos dos seus artistas. Esta rede permitiu produzir um total de 115 criações e 315 eventos (workshops, palestras, encontros, mostras, etc.), apresentando 1169 espectáculos, 515 em cidades portuguesas e 654 em cidades estrangeiras.

Desde 2003, O Rumo do Fumo é membro co-fundador da REDE – Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea.

orumodofumo.com
MACBA - Museo de Arte Contemporáneo de Barcelona, Barcelona ES, 13 Novembro 2021
Biblioteca Camões, Lisboa PT, 5 Março 2020
Biblioteca Palácio Galveias, Lisboa PT, 23 Junho 2022